5 de jun. de 2011

PLANEJAMENTO - Uma função administrativa esquecida dos governantes.

   O planejamento é uma função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais objetivos devem ser alcançados, e visa dar condições racionais para que se organize  e dirija a empresa/organização ou seus departamentos,  a partir de certas hipóteses a respeito da realidade atual e futura.
   O planejamento é sempre voltado para o futuro e está intimamente ligado  com a previsão, embora não se confunda com ela.  O planejamento tem o aspecto de temporalidade e de futuro: o planejamento é uma relação entre coisas a fazer e o tempo disponível para fazê-las. É com o futuro que o planejamento se preocupa.
   Assim, quaisquer organizações,  públicas ou privadas , devem  desenvolver ações que integrem  o planejamento com as funções administrativas de organização, direção e controle, para  implementarem o Processo Administrativo.
   Entretanto, a maioria dos nossos governantes esquecem  que os programas e projetos que executam deveriam ser sub-produtos de um planejamento ou de um plano, que deveria ser elaborado adredimente, a partir dos níveis: estratégico, tático e operacional.
   Na realidade, na maioria dos casos, os gestores públicos atropelam as fases e etapas do planejamento, e partem para elaborar  projetos e programas sem equacionarem as repercussões financeiras e mesmo orçamentárias. Podemos citar como exemplo, o P.A.C. - Programa de Aceleração do Crescimento(qual o planejamento/plano que contém o P.A.C.?) que se constitui num programa, salve melhor juizo, político eleitoreiro do Governo Federal.
   Outro exemplo da falta de um verdadeiro planejamento, são os projetos de construção das "arenas" para a Copa do Mundo de 2014. Não existe uma integração das funções administrativas nas várias regiões onde estão sendo construidas as "arenas", acarretando descontinuidade das ações e divergências nas propostas das empreiteiras, gerando superfaturamento nas diversas obras. Além disso, em muitas capitais, como Recife, a infra-estrutura viária e urbana está em descompasso com o empreendimeno, por falta de um planejamento global.No caso de Recife, basta analisarmos o sistema de trânsito de veículos e a situação deplorável do centro da cidade, se constituindo nuna vergonha para o recifense.
   Conclusão: O planejamento pode ser aplicado a qualquer tipo de atividade. Existe o planejamento físico( como a localização de fábricas, arenas esportivas ou de equipamentos , arranjos de escritórios, etc..), o planejamento organizacional( relacionado com agrupamento de atividades da empresa, desenvolvimento de padrões ou estrutura de relações de trabalho entre funcionários dentro da empresa, cadeia de comunicações e linhas de autoridade e responsabilidade), o planejamento financeiro e orçamentário, etc..
   Convém ressaltar que, o planejamento tido como global, é a combinação de todos os planos existentes  na empresa ( pública ou privada ) e constitui no processo pelo qual amarra os seus planos internos ao seu planejamento estraégico. Enquanto o planejamento estratégico está voltado para o ambiente externo da empresa ou da organização pública., o planejamento global constitui o conjunto dos planos internos dentro da empresa ou dentro do Goveno Federal, dos municípios. dos estados e órgãos públicos, por exemplo.
   Não existe uma nítida separação entre o nível  institucional( estratégico ) e o nível internediário ( tático ) das empresas/organizações , como também não há uma perfeita separação entre o planejamento estratégico  e o planejamento tático.
   Sintetizando, o planejamento produz um resultado imediato: o plano. Um plano é o produto do planejamento e constitui o evento intermediário entre o processo de planejamento e o processo de implementação do planejamento.Todos os planos têm um propósito comum: a previsão, a programação e a coordenação de sua sequência lógica  de eventos, os quais,  se aplicados com sucesso, deverão conduzir ao cumprimento do objetivo que os comanda. Um plano é um curso pré-determinado de ação sobre um período especificado de tempo e que representa  uma resposta projetada a um ambiente antecipado, visando alcançar um conjunto específico de objetivos adaptativos.
   Ao leitor interessado em Administração, basta fazer uma análise comparativa e desprovida de conotações político-partidárias, para comprovar  a quase inexistência de planejamento nos órgãos públicos,  nas três esferas de governo, com prejuizos ao Erário Público e a sociedade brasileira como um todo.